Filmes baseados em livros.

18abr11

Filmes baseados em livros existem há muito tempo já, mas será que melhoram ou estragam a obra na qual foram baseados?

O Iluminado

Um exemplo disso é o filme de horror “O Iluminado” do diretor Stanley Kubrick, baseado na obra do escritor americano Stephen King. O longa-metragem é considerado por muitos uma obra-prima do gênero, porém, o diretor cortou várias passagens do livro na cidade e arredores, mudando seu foco todo para o hotel Overlook, local onde está localizada toda a tensão do livro. Para alguns, o diretor fez muito bem de ter cortado mais de 40% do livro, mas para outros, com por exemplo o próprio Stephen King, ele mudou o contexto do filme.

Clube da Luta

“Clube da Luta”, livro do escritor norte-americano Chuck Palahniuk foi adaptado para a sétima arte pelo diretor David Fincher, que recentemente dirigiu o filme “A Rede Social”, indicado para vários prêmios Oscar esse ano. O roteirista Jim Uhls fez um excelente trabalho ao adaptar a obra para o cinema. O livro é confuso, com várias passagens perdidas entre os capítulos mostrando um pouco da vida de alguns dos integrantes do clube fundado pelo personagens de Edward Norton e Brad Pitt. O roteirista focou em apenas um dos personagens, “Bob”, um homem que ganhou peitos devido ao tratamento contra seu câncer de próstata. O final foi mudado completamente, já que no livro é inconclusivo o que acontece com o personagem de Edward Norton/Brad Pitt.

E pra você, qual adaptação lhe agradou e qual não agradou? Deixe seu comentário abaixo!

Post por Matheus Weyh da Cruz Duarte



8 Responses to “Filmes baseados em livros.”

  1. 1 Guilherme

    não podia ter citado exemplos melhores. são ótimas adaptações.

  2. 2 Tota

    Dois baita exemplos, e diria eu, exemplos que se complementam a fú no texto pelo seguinte:

    O Iluminado foi criticado pelo Stephen King por perder o contexto, já o Clube da Luta foi elogiado pelo Palahniuk por ter ficado muito melhor que o filme. Se não me engano, ele citou algo como “a linguagem cinematográfica ficou muito melhor do que a linguagem literária, neste caso”, e seria uma exceção à regra de que sempre se perde algum conteúdo na adaptação. Que, obviamente, é natural, já que tu não tem o mesmo espaço no filme do que em um livro.

  3. 3 Ana Clara

    Existem bons exemplos de tudo quanto é tipo de adaptação. Alguns filmes seguem o livro perfeitamente, cena por cena, e funciona demais. Tipo “Orgulho e Preconceito” adaptado por Joe Wright. Já o Spike Jonze foi genial ao adaptar um livro que nem tinha material direito pra transformar em filme, o “Onde vivem os monstros” (nessa praia infantil, também temos o “Fantástico Sr. Raposo” do Wes Anderson).
    As adaptações de Nick Hornby, Alta Fidelidade e Um Grande Garoto são sensacionais.
    Um bom caso é o da série do Dan Brown. O primeiro, Código Da Vinci, foi até que bem exato com o livro e foi um filme extremamente inexpressivo (ruim na verdade) e o segundo alterou o final do livro, que não era grandes coisas, e conseguiu melhorar a obra original. Outro que melhorou o livro foi O Diabo Veste Prada.

  4. 4 Guilherme Paiva

    Os exemplos que você citou realmente são filmes que ficaram realmente muito bons, eu adiciono também o clássico Senhor dos Anéis, que além de ser uma trilogia de livros magnífica, também teve uma ótima adaptação para o cinema. E pra citar um livro bom que virou filme ruim, Percy Jackson e os Olimpianos. Apesar de ser uma literatura mais juvenil, é um livro bem interessante que virou um filme revoltante de tão ruim.

  5. 5 Luis Felipe Santos Penteado

    Acho que o maior problema envolvendo filmes e livros , está na formação de cada detalhe do livro que você tem na sua própria mente, detalhes de cenário, fisionomias de personagens (até mesmo quando descrito pelo autor ) e que muitas vezes são destruídas por algum autor em sua determinada visão.
    um exemplo pessoal : O nevoeiro do king, é um ótimo conto, mas o filme… uma grande porcaria.
    Outro exemplo bem pessoal está no filme “Quando nietzsche chorou ” em uma passagens quando nietzsche conta que está escrevendo um livro “assim falava zaratustra” nesses segundos seguintes que o próprio descreve a obra o diretor tentou “criar” uma pequena cena do tal livro, até ai tudo bom, o problema é nao consigo mais ler o “zaratustra” sem imaginar o personagem nessa cena.

  6. Não penso que seja uma questão de melhorar ou estragar a obra em que foram baseados, mas sim de dar uma nova perspectiva pra ela, ou como no caso de O iluminado, focalizar só em uma parte da história ( isso se for bem produzido. Obviamente se for mal feito vai ser um ‘insulto’ ‘a obra/autor).

    Vejo como uma releitura. Não se pode esperar que um filme baseado em um livro seja 100% fiel ‘a história original, -ainda mais de obras tão complexas de autores como Stephen King- a menos que o roteiro tenha sido adaptado pelo próprio autor do livro para que somente as partes de menor importância sejam deixadas de lado, que não foi o caso d’O iluminado.

    O próprio livro ‘A espera de um milagre – Stephen King – foi adaptado por ele mesmo para poder virar um livro só, pois tinha sido lançado em pockets de capítulos separados, tipo novela. De livro para filme é tão complicado quanto, ou mais. Como o Tota falou, no filme não se tem o mesmo espaço que se tem em um livro.

  7. 7 Ramiro

    O cinema em geral é uma arte mais abrangente que a literatura (polêmica, mas é opinião). Ele chega às massas, e não possui a liberdade que um livro tem de se extender e ousar. Sim foram feitas experimentações, mas no cinema não se pode sair de um certo “molde” (o filme não pode durar mais que 3 horas, etc). Ao transferir de um pro outro há uma adaptação ao novo universo, e certas narrativas ficam melhores num universo do que no outro. Ou, em alguns casos, simplesmente diferentes. Mas eu acredito que adaptações dão uma consistência maior ao filme de imediato, sendo dificil esse alcance no roteiro original. Ele tem de ser muito bom.

  8. O livro Hell Paris 75016 da escritora francesa Lolita Pille teve uma adaptação para o cinema, mas não me agradou. Não agradou ao passo que modificou partes da história e, apesar do livro não ser grande, a história foi muito resumida. Filmes adaptados de livros normalmente são bons para ficção científica, pois então se dá uma forma mais concreta ao que se lê. Entretanto, para livros apenas de ficção que tomam depois formato de filme, perde-se o chame, o glamour do livro, pois após lê-lo cria-se uma história em sua cabeça adaptada a vida em que se está e o filme acaba por deixá-la confusa ou mudar o que se havia pensado, muitas vezes destruindo a imagem anterior que havia sido feita.


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