Os efeitos de imagem e texto na turnê 360º do U2

15abr11

Na turnê 360º, que se despediu do Brasil na última quarta, 13 , o U2 faz de seu palco inovador – que conta com um imponente telão 360º –  um segundo frontman, um segundo Bono.

Um bom exemplo são as imagens que passam ao final da execução de Miss Sarajevo. A letra da música, combinada com outras frases de impacto, já tradicionais do messianismo da trupe de Bono, parece tomar forma de som ao ser exibida no telão que desce, até encobrir toda a banda.

Logo, a partir do texto e da imagem, o U2 leva seu público a um momento único, que se repete ao longo de todo o show. Mais do que uma banda, eles se tornam comunicadores, e fazem isso de todas as formas possíveis.

Assista aqui a passagem de Miss Sarajevo (a partir de 3:46)

Dê a sua opinião: você acha que essa interação de texto e imagem em um espetáculo musical ajuda ou atrapalha? É mesmo necessário?

por Izadora Pimenta



8 Responses to “Os efeitos de imagem e texto na turnê 360º do U2”

  1. 1 Lucas

    Acho essa pirotecnia do Bono e do U2 bem interessante, mas não algo essencial para um espetáculo musical. Acredito, inclusive, que os preços exorbitantes dos ingressos estão fortemente ligados a sua produção grandiosa.
    Acredito que um bom show deve ter bons músicos, uma produção razoável e um bom performer à frente da banda. Tudo além disso serve apenas como extra. Afinal estamos ali pela música, primordialmente.

  2. 2 Victor

    Ajuda muito! Transforma um simples show de música em um espetáculo que passa uma mensagem para todos que estão ali. Deixa um significado para toda aquela apresentação. Nao é apenas música!

  3. 3 Ana Clara

    Acho que nesse caso, ajuda. Acho que excesso de imagem em show só funciona quando a banda consegue trabalhar com isso e continuar magnética, continuar atraindo os olhares, e usar o telão como um complemento mesmo pra msg que a banda quer passar (logo, a banda tem que ter uma msg)…acho que pra show menor de banda menos performática o telão só te deixa meio distraido e sem ter um ponto para focar o olho. A questão é que a banda não pode “precisar” disso. Tem que fazer um show bom com um verdadeiro IMAX em volta, 3D e efeitos dignos de James Cameron ou num clubezin underground com alguns metros quadrados e uma televisão 14 polegadas.

  4. Acredito que a arte é 360º por ela mesma. Acredito que um espetáculo grande tenha tanto valor quanto um pequeno, quem manda é a qualidade. A interação do texto e da imagem não É necessária, mas faz um espetáculo ainda maior e mais completo, cheio de interação, e acho que atende à proposta do 360º.

    • E só pra completar, como disse a Ana Clara, uma banda não pode PRECISAR disso pra fazer um show ou espetáculo decente, mas sim se utilizar disso pela sua grandiosidade e inovação.

  5. 6 Leandro Luz

    Eu acredito que ajuda bastante. Prova que a banda está interessada em levar aos seus fãs não apenas sua música, mas, também, uma experiência audiovisual. Inovação e dinamismo são aspectos quase obrigatórios na atual indústria cultural. O U2, sendo uma das maiores bandas do mundo, tem o dever de entreter o seu público de inúmeras formas possíveis, ou pode decepcionar seus fãs, que sempre esperam o máximo possível de bandas deste porte.

  6. Como o próprio nome infere, é apenas um recurso, um auxílio. Não é essencial. O show já seria, por si só, um espetáculo memorável, mas eu acredito que todas as formas de arte estejam, de alguma forma, conectadas. Unir os efeitos visuais às músicas apenas traz mais uma sensação a quem está assistindo, traz movimento ao som.
    Li e reli este post várias vezes, e fiquei refletindo sobre uma certa frase. Sim, o U2 não só é uma grande banda, também possui comunicadores brilhantes. Quem vai aos seus shows, invariavelmente, sai satisfeito, e não deve ser para menos !

  7. Antes de dar minha opinião, preciso dizer que sou suspeito a falar de U2, mas procurei pensar de maneira objetiva e imparcial. Bem, lendo os comentários acima, gostei muito do que a Ana Clara disse em relação ao “saber usar os recursos”. Creio que bandas famosas, que sabem utilizar esses meios para auxiliar a promoção da imagem da banda, podem fazer isso sem danificar o show em si. Mas, esses equipamentos não podem ser usados para qualquer show.

    Mesmo no show do U2, por exemplo, teve certos momentos que eu achei desnecessário o uso de tais recuros. Acredito que o tempo poderia ser reaproveitado com a apresentação de outras músicas. Um dos momentos do show, apareceram algumas imagens da guerra que ocorre no Oriente Médio e falo sobre isso, antes de iniciar uma das músicas. Eu entendo e admiro, certas vezes, essa atitude do Bono em utilizar seu espaço no show, para tentar trazer mais consciência dos acontecimentos da atualidade ao público. Mas, quando isso fica muito persistente e forçado, acredito que o show perde um pouco seu prinipal intuito: de apresentar as músicas. Tudo bem que não vamos somente assistir um show pelas músicas. Esperamos ver o palco, as roupas e as performances (que identificam a cultura e o estilo de cada banda). Mas quando se gasta muito nisso, a essência do show torna-se outra.

    Por outro lado, no mesmo show, eu admirei muito, em certos momentos, a utilização da tradução simultânea, com legendas no telão. Pois, nem sempre as pessoas que gostam das músicas do U2 possuem conhecimento em língua inglesa suficiente para compreender o que eles estão falando. Por isso, gostei demais dessa atitude da banda.

    Vendo desse modo, então, penso, assim como Ana Clara, que, se bem utilizados, esses recursos podem trazer beneficios para a banda. Mas deve ser ponderado.


Deixe um comentário